Em 2014 se completam 60 anos da morte da pintora mexicana por excelência, Frida Kahlo, uma mulher forte que rompeu com os padrões de sua época e cuja obra tem valores próprios e eternos. A filha do fotógrafo alemão Guillermo Kahlo e da mexicana Matilde Calderón morreu em 13 de julho de 1954, após uma carreira inicialmente impulsionada pela fama de seu marido, o muralista Diego Rivera, anos depois a artista se tornou um dos grandes nomes da pintura mexicana, grande expoente do surrealismo e também em um ícone da 'mexicanidade', da liberdade sexual e do feminismo.
'Frida Kahlo é uma obra de arte em si mesma porque se dedicou a transformar um corpo quebrado em arte', já que ela e sua condição foram às protagonistas de sua obra, o sucesso da artista se deve a sua originalidade e a sua falta de pretensão, por se mostrar tal como é. 'Ela nunca dizia que sofria, embora mostrasse a dor em sua obra',
Para, Frida pintar era uma catarse de sua dor e através da representação de suas próprias dores conseguia fortalecer sua vida. Nada na obra de Frida é improvisado e que 'não tem nada de primitivismo ou de ingenuidade que tenha surgido do nada’. Graças à fama de Rivera, 'um dos principais guias em seu trabalho artístico', Frida viajou para cidades como Nova York e Paris e conviveu com os artistas e estilos da época, que foram impactando sua pintura.
Sua musa preferida era ela mesma, pois na hora de se vestir, Frida estudava os detalhes das combinações entre rendas, texturas e estampas diferentes com o mesmo cuidado que planejava a pintura de um de seus autorretratos. Kahlo projetava através de sua imagem características como força, independência, autonomia e vitalidade. Gostava de combinar a roupa com exageradas joias, xales e coroas de flores entrelaçadas nos longos cabelos. Colocava a sua alma em sua maneira de se vestir e procurava assim expressar através das roupas a força que faltava ao seu corpo fragilizado pela pólio e pelo fatídico acidente de trânsito pelo que passou. Ela demonstrava sem hesitar todo o seu amor pelo México e se orgulhava de seus vestidos de tehuana, blusas huipil e saias floridas. O impacto de seu estilo na época foi tamanho que a designer Elsa Schiaparelli chegou a criar um vestido em sua homenagem, o Robe Madame Rivera, naquela época.
Com as roupas, ela também escondia problemas físicos, a dor derivada das inúmeras cirurgias pelas quais passou a solidão, a tristeza. Sua saúde a deixou inválida fisicamente e o seu companheiro, o pintor Diego Rivera, o fez emocionalmente. A maneira com que reagiu ao divórcio foi mais uma prova de como seu estilo era um espelho de sua condição psicológica. Depois da separação, renunciou provisoriamente àquilo que o ex-marido mais amava nela: a feminilidade de ruas roupas. Frida cortou o cabelo, passou a vestir trajes de homem e celebrou assim o luto da união perdida por um bom tempo. Quando precisava se renovar, ela alterava também seu estilo de se vestir. Suas icônicas sobrancelhas, por exemplo, não deixavam ninguém indiferente e viraram marca registrada da artista. Em uma carta que escreveu para seu ex-marido Diego Rivera, confessou uma vez com orgulho e satisfação: “Em todas as reuniões que eu assistir e onde eu estiver o foco é sempre eu: meus lindos trajes bordados de indígena com meus cocares de flores e minha invalidez”.
Fridas em Cena - Ensaio Aberto
Coletivo Aqui Tem Dono
20 De Dezembro de 2014
'Frida Kahlo é uma obra de arte em si mesma porque se dedicou a transformar um corpo quebrado em arte', já que ela e sua condição foram às protagonistas de sua obra, o sucesso da artista se deve a sua originalidade e a sua falta de pretensão, por se mostrar tal como é. 'Ela nunca dizia que sofria, embora mostrasse a dor em sua obra',
Para, Frida pintar era uma catarse de sua dor e através da representação de suas próprias dores conseguia fortalecer sua vida. Nada na obra de Frida é improvisado e que 'não tem nada de primitivismo ou de ingenuidade que tenha surgido do nada’. Graças à fama de Rivera, 'um dos principais guias em seu trabalho artístico', Frida viajou para cidades como Nova York e Paris e conviveu com os artistas e estilos da época, que foram impactando sua pintura.
Sua musa preferida era ela mesma, pois na hora de se vestir, Frida estudava os detalhes das combinações entre rendas, texturas e estampas diferentes com o mesmo cuidado que planejava a pintura de um de seus autorretratos. Kahlo projetava através de sua imagem características como força, independência, autonomia e vitalidade. Gostava de combinar a roupa com exageradas joias, xales e coroas de flores entrelaçadas nos longos cabelos. Colocava a sua alma em sua maneira de se vestir e procurava assim expressar através das roupas a força que faltava ao seu corpo fragilizado pela pólio e pelo fatídico acidente de trânsito pelo que passou. Ela demonstrava sem hesitar todo o seu amor pelo México e se orgulhava de seus vestidos de tehuana, blusas huipil e saias floridas. O impacto de seu estilo na época foi tamanho que a designer Elsa Schiaparelli chegou a criar um vestido em sua homenagem, o Robe Madame Rivera, naquela época.
Com as roupas, ela também escondia problemas físicos, a dor derivada das inúmeras cirurgias pelas quais passou a solidão, a tristeza. Sua saúde a deixou inválida fisicamente e o seu companheiro, o pintor Diego Rivera, o fez emocionalmente. A maneira com que reagiu ao divórcio foi mais uma prova de como seu estilo era um espelho de sua condição psicológica. Depois da separação, renunciou provisoriamente àquilo que o ex-marido mais amava nela: a feminilidade de ruas roupas. Frida cortou o cabelo, passou a vestir trajes de homem e celebrou assim o luto da união perdida por um bom tempo. Quando precisava se renovar, ela alterava também seu estilo de se vestir. Suas icônicas sobrancelhas, por exemplo, não deixavam ninguém indiferente e viraram marca registrada da artista. Em uma carta que escreveu para seu ex-marido Diego Rivera, confessou uma vez com orgulho e satisfação: “Em todas as reuniões que eu assistir e onde eu estiver o foco é sempre eu: meus lindos trajes bordados de indígena com meus cocares de flores e minha invalidez”.
Fridas em Cena - Ensaio Aberto
Coletivo Aqui Tem Dono
20 De Dezembro de 2014
As 19 horas
Teatro União Cultural Brasil Estados Unidos.